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Reflexões
(retiradas do Livro
de Urantia – cap. 51) por Helena Schaffner em 01.07.2006 - SP
Hoje achei o texto abaixo, com o qual não concordo plenamente no sentido que não quero crer que os contrastes são necessários para promover o melhor no ser humano - embora a vida o comprove - mas, como venho escrevendo, o fato que isso ocorre em nosso planeta, não considero como prova definitiva que precisa ser a única via de evoluirmos! Mas, diante do fato que aqui isso parece ser necessário - seja pelas quedas ou outros fatores - o texto é sim altamente inspira-dor!!! (Entenda como quiser... ou puder!!!).
As
incertezas da vida e as vicissitudes da existência, de nenhuma maneira,
contradizem o conceito da soberania universal de Deus. Toda a vida da criatura
evolucionária é assediada por certas inevitabilidades. Considerai o
seguinte:
2.
O altruísmo – o serviço aos semelhantes – é desejável? Então, a
experiência de vida deve propiciar-lhe o deparar-se com situações de
desigualdade social.
5.
O amor à verdade e a disposição de ir até onde quer que esse amor
conduza são desejáveis? Então, o homem deve crescer em um mundo no qual o erro
esteja presente e a falsidade seja sempre possível.
6.
O idealismo – um conceito muito próximo do divino – é desejável? Então,
o homem deve labutar em um ambiente de relativa bondade e beleza, em cercanias
que estimulem a busca incontida de coisas melhores.
8.
O desapego – o espírito do auto-esquecimento – é desejável? Então, o
homem mortal deve viver frente a frente com o incessante clamor de um ego
inescapável, que exige reconhecimento e honras. O homem não poderia escolher, de um modo dinâmico, a vida
divina, se não existisse uma vida do ego à qual renunciar. O homem não poderia
nunca se aferrar à salvação, na retidão, se não houvesse nenhum mal em
potencial exaltando e diferenciando o bem, por contraste.
9.
O prazer – a satisfação da felicidade – é desejável? Então, o homem deve
viver em um mundo no qual a alternativa da dor e a probabilidade do sofrimento
sejam possibilidades experimentáveis sempre presentes.
Em todo o universo,
cada unidade é considerada como uma parte do todo. A sobrevivência da parte
depende da cooperação com o plano e o propósito do todo: o desejo, de todo
coração, e uma perfeita disposição para fazer a vontade divina do Pai. O único
mundo evolucionário sem erro (sem a possibilidade de um juízo pouco sábio) seria
um mundo sem inteligência livre. No universo de Havona [Havona=sinônimo
de Paraíso Perfeito], há um bilhão de mundos perfeitos, com os seus habitantes
perfeitos; mas o homem em evolução deve ser falível, se houver de ser livre.
A inteligência livre e inexperiente não pode ser, certamente, de início,
uniformemente sábia. A possibilidade do juízo errôneo (o mal) transforma-se em
pecado apenas quando a vontade humana endossa, conscientemente, e adota, de
propósito, um juízo deliberadamente imoral.
10.
Reflexão sobre a Liberdade Humana - Pág. 1135 do Livro de
Urântia
Nota:
achei que o texto abaixo complementa em parte o texto acima, por isso o
denominei a 10. Reflexão! Em verdade, O Livro de Urântia possui sabedorias sem
fim do gênero abaixo relacionados a todos os campos da vida humana, divina,
cósmica!
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O homem, no seu domínio espiritual, tem livre-arbítrio. O homem mortal não é
nem o escravo desesperado da soberania inflexível de um Deus Todo-Poderoso, nem
a vítima da fatalidade desesperada de um determinismo cósmico mecanicista. O
homem é verdadeiramente o arquiteto do seu próprio destino eterno.
O
homem, porém, não é salvo nem enobrecido pela coação. O crescimento espiritual
brota de dentro da alma em
evolução. A pressão pode deformar a personalidade, e nunca
estimula o crescimento. Até mesmo a pressão da educação só colabora
negativamente, pois só pode ajudar na prevenção de experiências desastrosas. O
crescimento espiritual é maior quando todas as pressões externas estão
minimizadas. “Onde está o espírito do Senhor, lá está a liberdade”. O homem
desenvolve-se melhor quando as pressões em sua casa, comunidade, igreja ou
estado estão minimizadas. Isso não deve ser tomado, entretanto, como significando
que em uma sociedade progressista não haja lugar para o lar, as instituições
sociais, a igreja e o estado.
Se
um membro de um grupo social religioso acedeu aos requisitos desse grupo, ele
deveria ser encorajado a gozar de liberdades religiosas na expressão plena da
sua própria interpretação pessoal das verdades da crença religiosa e dos fatos
da experiência religiosa. A segurança de um grupo religioso depende da
unidade espiritual, não da uniformidade teológica.
Um
grupo religioso deveria ser capaz de gozar da liberdade de pensar livremente,
sem que todos se convertam em “livres-pensadores”. Há uma grande esperança para
qualquer igreja que cultue o Deus vivo, que torne válida a irmandade do homem e
que ouse retirar de cima dos seus membros toda a pressão dos credos.
>>>
Nota:
Os sublinhados e negritos são meus!
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