sexta-feira, 3 de abril de 2015

JESUS & BUDA


Estamos no meio deste itinerário sagrado que vai de Belém a Ascensão, e que festejamos todos os anos, e em geral de modo inconsciente, embora reverentes. 
Creio que sou uma entre milhões que buscam entender o motivo de Jesus ser a figura mais estudada, negada e louvada do Planeta entre todos os grandes Mestres de todas as raças.
E isso, por si só, revela algo, indica algo e é este algo que este livro consegue apontar com bastante clareza, e, ao mesmo tempo, com simplicidade suficiente para até um leigo entender, mesmo que apenas intuitivamente, do que a autora pretendeu elucidar.

Achei um link onde pode-se ler o primeiro capítulo, o qual já nos dá uma ideia da profundidade e amplitude desta obra. 

E garanto que vai ter informações para todos os gostos, crenças e convicções, pois todas as religiões, vistas de cima, formam uma sequencia - aqui de baixo nós ignoramos que uma religião completa a outra e que por isso a última é sempre considerada a mais completa - elas são como uma escola, a primeira é o ABC, a segunda vai mais longe e assim por diante.
Mas claro que tão fácil também não é, assim, há religiões que se complementam - uma completa o trabalho da outra, como vemos abaixo a relação entre o Budismo e o Cristianismo, trecho retirado do livro da imagem acima:


Também é importante ter em mente que essas duas destacadas Individualidades – o Buda e o Cristo – imprimiram Seu selo em ambos os hemisférios, sendo o Buda o Instrutor do Oriente e o Cristo o Salvador do Ocidente. Quaisquer que sejam as nossas conclusões pessoais a respeito de Suas relações com o Pai nos Céus ou entre Si, esse fato subsiste além de toda controvérsia: Revelaram a divindade às suas respectivas civilizações e, conjuntamente, trabalharam para o benefício final da raça humana de maneira extremamente significativa. Seus dois sistemas são interdependentes e o Buda preparou o mundo para receber a mensagem e a missão do Cristo.

Ambos encarnaram em Si mesmos certos princípios cósmicos e, por Suas obras e sacrifícios, disseminaram certos poderes divinos através da humanidade, irradiando-os sobre ela. A tarefa realizada pelo Buda e a mensagem que transmitiu estimularam a inteligência para alcançar a sabedoria, sendo essa última um princípio cósmico e uma potência divina. Em síntese, isso é o que Buda encarnou.

Todavia, o amor chegou ao mundo por intermédio do Cristo, que, com Seu trabalho, transmutou a emoção em Amor. Como “Deus é Amor”, a compreensão de que o Cristo revelou o Amor de Deus torna clara a magnitude da tarefa que empreendeu – missão que transcende os poderes de qualquer instrutor ou mensageiro que o precederam. Quando o Buda recebeu a iluminação, “deixou entrar” uma onda de luz sobre a vida humana e sobre os nossos problemas mundiais, e essa inteligente compreensão das causas da angústia do mundo Ele procurou formular nas Quatro Nobres Verdades.

E aqui mais alguns trechos reveladores do livro da imagem acima, para justificar o título deste post, mas lembrando que o livro aprofunda as chamadas 5 crises ou etapas, que cada alma deverá seguir, para realmente "seguir o exemplo" seja de um Jesus, Buda, e outros Mestres, no sentido supremo do termo.

 Não será possível que esses grandes fatos verificados na experiência do Cristo, esses cinco aspectos personalizados do mito universal [nascimento, batismo, transfiguração, crucificação, ressurreição e ascensão] – venham a ter para nós, como indivíduos, um interesse além do histórico e do meramente pessoal? 
Não haverá possibilidade de que encarnem alguma experiência e alguma missão iniciática, mediante a qual poderão muitos cristãos experimentar de pronto o entrar na vida nova e, assim, obedecerem ao Seu mandamento? Por acaso não devemos todos nascer de novo, ser batizados em Espírito e transfigurados no cimo da montanha da experiência viva? Por ventura não estamos com a crucificação pela frente, a mesma que nos conduz à ressurreição e à ascensão? E não teríamos nós interpretado essas palavras
(pág. 12) em uma acepção muito restrita, com uma implicação demasiadamente sentimental e comum, ao passo que elas podem indicar àqueles que estão preparados, um caminho especial e um modo mais rápido de seguir os passos do Filho de Deus? Esse é um dos pontos que nos concernem e que este livro tratará de desenvolver. Se se puder descobrir esse significado mais profundo; se o drama do Evangelho puder chegar a ser, de alguma maneira peculiar, o drama das almas que já estão preparadas, então poderemos ver a ressurreição das essencialidades do Cristianismo e a revivificação da forma que se vai cristalizando com tanta rapidez.

Importa lembrar que outros ensinamentos, além dos transmitidos pelo Cristianismo, deram ênfase a essas cinco importantes crises que, quando se deseja, devem ocorrer na vida dos seres humanos que se ocupam com sua essencial divindade. Tanto os ensinamentos hindus quanto a crença budista destacaram-nas como crises evolutivas, das quais, em última instância, não poderemos escapar; e uma correta compreensão da inter-relação existente entre essas grandes religiões mundiais pode trazer, com o tempo, um melhor entendimento a respeito de todas elas. A religião de Buda, embora precedendo a do Cristo, expressa as mesmas verdades básicas, porém as estabelece em termos diferentes que podem, no entanto, ajudar-nos a alcançar uma interpretação mais ampla do Cristianismo.

            “O Budismo e o Cristianismo derivam, respectivamente, de dois inspirados momentos da história: a vida do Buda e a vida do Cristo. O Buda deu Sua doutrina para iluminar o mundo; Cristo deu Sua própria vida. Cumpre aos cristãos discernirem a doutrina. Talvez, a parte mais valiosa da doutrina do Buda seja, em última análise, a interpretação de Sua vida”. 

Igualmente, os ensinamentos de Lao Tse podem servir ao mesmo propósito. A religião deve vir a ser um compêndio extraído de muitas fontes e formado (pág. 13) por muitas verdades. É lícito, entretanto, pensar que se na atualidade devêssemos escolher uma religião, que elegêssemos o Cristianismo, por esta razão específica: o problema central da vida é nos apossarmos de nossa divindade e manifestá-la. Na vida do Cristo temos o exemplo e a demonstração mais completa, perfeita e acabada de uma divindade vivida de maneira bem sucedida na Terra, e vivida – como todos nós devemos fazê-lo – não no recolhimento, mas no meio das tormentas e das tensões.

E agora segue o link do primeiro capítulo do livro da imagem acima:



Ah! Sim: e os que ainda duvidam da existência física e histórica de Jesus, recomendo ler o fabuloso e extraordinário livro de Bart D. Ehrman
JESUS EXISTIU OU NÃO?

Este livro, que encontrei quando fui comprar presentes de Natal, foi meu presente de Natal, pois, se alguém de vocês chegou a ler meu artigo publicado no Scribd, JESUS CRISTO EXISTIU?, acho que há dois anos (segue link), 
... verá que lá lamentei o fato de nenhum entendedor ou escritor ter abordado o tema Jesus para refutar os fracos argumentos usados pela famosa série chamada de Zeitgeist (lê-se Tssaitgaist - é um termo alemão e cujo amplo significado pode ser encontrado via google a quem se interessar).
Nos videos do Zeitgeist houve a tentativa de mostrar que todos os mestres podiam ser considerados símbolos pagãos do sol que nasce e renasce e etc. 

Enfim, neste Natal eu achei um autor que não só checou profundamente os argumentos usados no documento acima, como de todos os que querem ver Jesus como uma figura mitológica! Seriam os miticistas (nem sabia que existia este termo).
O livro é brilhantíssimo, principalmente porque o autor é um grande conhecedor da Bíblia e mesmo sendo um ex-cristão ortodoxo e atualmente um agnóstico, fez uma defesa brilhante, que duvido alguém tenha conseguido descartar seus lúcidos e equilibrados argumentos e provas. A seguir um blog comentando o livro:


E BOA JORNADA!

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