domingo, 27 de abril de 2014

A BÍBLIA ...

SUAS TRADUÇÕES
SUAS ALTERAÇÕES

SUAS INTERPRETAÇÕES


COMO FORAM TRANSCRITOS E TRADUZIDOS OS LIVROS DA BÍBLIA

AS CITAÇÕES FORAM COPIADOS DO DOCUMENTO:
Excertos da Obra “Divina Presença!”
(Autoria Ruach Kadosch)

Hoje, dia 15/06/2016 (de molho em casa devido a uma operação num dente), deparei-me com o vídeo abaixo - basta assistir aos primeiros 5 minutos para se convencer de que vale a pena checar mais de perto. Não se trata de denegrir a Bíblia como um todo, nem a fé e religião de ninguém, mas de abrir os olhos!!! Confesso que não vou ver o vídeo agora e nem sei quando, pois muitas coisas eu sei e outras dá para deduzir com um mínimo de bom senso e inteligência que uma fé cega nos rouba e, nos impede de ver o óbvio!


Teólogo descobre mais de 6.800 adulterações na Bíblia

https://www.youtube.com/watch?v=V0ja0arfCmE

Fora a fé cega, a outra maior fraqueza do ser humano é sua mania de santificar tudo: pessoas, partidos, times, etes, livros, mestres, e etc. 
Precisamos, URGENTE, adquirir algo essencial:
DISCERNIMENTO!

Discernir significa saber retirar as pérolas de algo e descartar o resto. Mesmo se se deparar com algo verdadeiramente sagrado, como o vídeo explica o sentido da palavra, ainda é preciso saber/discernir o que daquilo nos serve neste momento e não tentar pular degraus... isso é o que ocorre em níveis superiores de busca espiritual - o ego quer pular a cerca de qualquer jeito! 

Não se trata de tirar alguém de sua fé ou religião, mas de ser um crente consistente, inteligente e não movido pela fé cega!
Além disso, Deus-Pai-Amor só vai recolher uma coisa de cada fé, caminho, religião: 
O RESULTADO!
 SE o resultado foi bom, até um falso mestre terá tido seu valor para ti... MAS isso não o isenta de um dia prestar contas dos 99 que se desvirtuaram em função de seu ego! Eu não queria estar no lugar de muitos falsos mestres, falsos padres, falsos pastores, falsos profetas, falsos etes, falsos espíritas, falsos esotéricos... pois o DEUS-PAI-AMOR não se vinga, nem pune, mas a Lei Cósmica da Ação e Reação entrega a conta mais dias, menos dias!
E paremos então de acreditar no deus-ditador do Velho Testamento... que semeou ódio, discriminações entre povos, raças...

(atualizado em Junho 2016)
e aqui continua meu artigo original escrito em 2014:



Finalmente achei alguém que se ocupou mais profundamente para explicar como um "Deus" manda saquear, matar... Eu sempre achei isso o cumulo, entre mil outras contradições da Bíblia, por isso abandonei a Igreja com 13 anos... mas nunca abandonei a fé num DEUS e nem mesmo em JESUS O CRISTO! Mas se tivesse que optar, preferiria não crer em Deus, do que crer num Deus que se mostra menos compassivo até do que um Moisés em dados momentos! Não falo da necessidade de sermos firmes em certas situações, mas matar, saquear e coisas similares deveriam ter feito muitos crentes suspeitar que esse Deus, não pode ser o DEUS-PAI-CRIADOR! 
Hoje seguem as citações abaixo, mas em breve vou publicar alguns dados retirados dos livros de SITCHIN. Step by step... para acostumar!


Citações  das pag. 6, 7 e 8
Os primeiros exemplares do Novo Testamento (N.T.) eram copiados (manuscritos) em papiros (espécie de papel que se usava antigamente), cuja matéria prima era muito frágil e deteriorável. Com o passar dos tempos esses manuscritos passaram a ser grafados em peles de carneiro (pergaminhos), material mais resistente e duradouro.
Os manuscritos eram grafados em letras maiúsculas (“capitais” ou “unciais”), mas a partir do século VIII passaram a ser escritos em minúsculas (“cursivo”). As cópias dos manuscritos eram transcritas em folhas coladas umas às outras, formando enormes tiras, perfazendo “rolos” ou “volumes”. Quando as páginas, ao invés de coladas em forma de “rolos”, permaneciam separadas e eram coladas uma ao lado da outra (como os nossos livros atuais) levavam o nome de “códices”.
[...]
Os encarregados de copiar os manuscritos eram denominados copistas ou escribas. Porém, nem sempre tinham um bom conhecimento da língua, limitando-se a serem, muitas vezes, apenas bons desenhistas das letras. Quando possuíam algum conhecimento mais profundo do idioma, se arriscavam a “emendar” o texto para deixá-lo de acordo com seus conhecimentos, e então, desvirtuavam o sentido original das palavras. Como o pergaminho era muito caro, copiavam as palavras seguidamente para poupar espaço e não empregavam quaisquer sinais gráficos para separação de orações e acentuação; daí ser comum o uso de abreviaturas que reuniam várias letras numa espécie de sigla, tal e qual a taquigrafia, onde “pq” significa “porque”, “oc” significa “aquele que”; ou então, com a moderna linguagem que se usa nas salas de bate-papo da internet, abreviando-se ao máximo as palavras a fim de não se perder tempo para escrevê-las, com a diferença de que, naquela época, abreviava-se para se economizar matéria prima. Porém, a as abreviações que usavam geravam dúvidas sobre o correto significado da palavra e do sentido que o autor pretendeu dar a ela. Por exemplo, se houvesse um pequenino sinal no meio do O, tornando-o um theta, passaria a significar Deus, tal como em 1ª Tim. 3:16.
Além das abreviaturas, muito comuns entre os copistas, outros recursos haviam capazes de subtrair dos textos a fidelidade original, tais como:
a-) Colação: Quando faziam a comparação entre dois ou mais códices, escolhendo-se a melhor lição para cada passo.
b-) Lição: Era o nome que se dava à maneira específica de dizer uma frase, da forma exata pela qual foi escrita.
c-) Passo: É a citação de um trecho de determinado autor comparando-o com outro. Ex.: “este passo de Lucas diverge do passo de Mateus”.
d-) Interpolação: Eram as anotações que algum leitor fazia, na entrelinha ou na margem, de algum comentário seu, e o copista, considerando-o um “esquecimento” do copista anterior, introduzia tal comentário como parte integrante do texto.
e-) Harmonização: Era a tentativa que faziam os copistas na intenção de “harmonizar” o texto de um autor com o texto de outro autor, usando para isto o método pouco ético de acrescentar ou subtrair palavras do texto que estava sendo copiado.
f-) Hápax Legómena: São duas palavras gregas que indicam um neologismo criado pelo autor e, portanto, desconhecido antes dele, e que aparece apenas uma vez na obra, como por exemplo a palavra “epiousion” em Mt. 6:11, que, por este motivo, não foi traduzida na Vulgata.
g-) Variante: quando existe uma diferença entre dois ou mais códices, apontam que há aí uma “variante”.
h-) Siglas: São as famosas abreviações usadas para economizar espaço e tempo.
i-) Custos Linearum: É uma expressão latina que significa “guarda das linhas” e era empregada para designar uma letra que se escrevia no final de cada linha para preencher um espaço vazio. Por vezes essa letra (o custos linearum) era interpretada como uma abreviatura e era acrescentada ao texto como se dele fizesse parte; doutras vezes tratava-se realmente de uma abreviatura e, por ser interpretada como custos linearum era subtraída do texto original.
j-) Salto: Quando o copista pula uma letra, uma sílaba, uma palavra ou até uma linha, por confusão ou distração.
Com referência à qualidade e fidelidade dos textos, dizia Orígenes, já no séc. II: “Presentemente é manifesto que grandes foram os desvios sofridos pelas cópias, quer pelo descuido de certos escribas, quer pela audácia perversa de diversos corretores, quer pelas adições ou supressões arbitrárias” (conf. Patrologia Grega, Migne, Vol. 13, Col. 1293). Quanto mais o tempo passava mais aumentava o número de cópias e de variantes, crescendo sempre mais o desejo de possuir-se um texto fixo e autorizado. No século IV Constantino ordenou que o Bispo de Roma devia ser o primaz da Cristandade. O Imperador Teodósio deu grande apoio aos cristãos de Roma declarando o Cristianismo “religião do Estado” e determinando, desse modo, a autoridade do Bispo de Roma. Na época, o Bispo de Roma era um português de nascimento (Papa Damaso); naquela época todos os Bispos eram denominados “papas”. Damaso, desejoso de atender ao clamor dos cristãos, que ansiavam por um texto confiável das escrituras, encarregou Jerônimo de estabelecer o sonhado “texto definitivo”. A tarefa era grandiosa e de imensa responsabilidade, mas Jerônimo tinha capacidade para desempenhá-la pois conhecia bem o hebraico, o grego e o latim. Sua tarefa era de re-traduzir para o latim todas as escrituras, pois as antigas versões (vetus latina) eram numerosas e variadíssimas. A tradução latina de Jerônimo ficou conhecida com o nome de Vulgata, ou seja, tradução para o vulgo.

PASSAGENS ALTAMENTE SUSPEITAS DA BIBLIA (PARA SEREM CONSIDERADAS INSPIRADAS POR DEUS-PAI-CRIADOR)

Pag. 11 a 15
Consultemos o primeiro livro da Bíblia, intitulado Gênesis, em seu capítulo 6, versículos 1, 2 e 4: “E aconteceu que, como os homens começaram a se multiplicar sobre a face da Terra, e lhes nasceram filhas; viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres das mais bonitas que eles mesmos escolheram. (...) Havia naqueles dias gigantes na Terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens, e delas geraram filhos: estes eram os valentes que houve na Antigüidade, os varões de fama”.
Quem seriam esses “filhos de Deus”? Seriam anjos como querem alguns? Seriam seres espirituais? Mas poderiam os seres espirituais sentir atração sexual pelas “filhas dos homens” e nelas gerarem filhos gigantes, os varões de fama? Seria, então, Jesus também um desses varões de fama? Um desses gigantes espirituais? Poderia ele ser filho do anjo Gabriel que cobriu Maria com o Espírito Santo? Não teremos aí uma história repleta de simbolismos só compreensíveis aos antigos iniciados do povo hebreu, cuja chave para a exata interpretação teria sido perdida nos processos de transmissão de boca a ouvido, no transcorrer dos milênios?...!  Somente poderemos aceitar a Bíblia como sendo a Palavra de Deus no sentido de que foi inspirada pelo Cristo-Interno aos Profetas do Altíssimo que, em se tornando canais da manifestação da Sua Vontade, transmitiram-na sob forma alegórica e simbólica, de forma semelhante às parábolas que Jesus contava!...
(E mesmo assim, isso  ainda não explica a contradição mais elementar: quem eram os filhos de Deus? Melhor: dos deuses, pois Elohim é plural! E os gigantes de onde vieram, quem os criou e quando? Onde fica a criação de Adão e Eva como os primeiros??? – Basta ler algum livro de Zecharia Sitchin para ter as respostas - Principalmente O LIVRO PERDIDO DE ENKI,  que é uma transcrição literal das tabuletas! Lá está nossa história em detalhes! Digo, quem foram Adão e Eva e como foram criados - de fato, Eva foi criada da costela de Adão... depois que Adão foi sedado - ou melhor: anestesiado! - caiu em profundo sono - claro, na época não havia a palavra anestesiado como hoje! Porém, esta versão de Adão via Sitchin é uma das - pois explica apenas a última boneca russa dentro das outras - há outras histórias ocorridas antes das várias quedas na matéria - o tema é bem mais complexo - infelizmente - Nota de HS).
A palavra grega “Eloah” é o singular de “Elohim”. Eloah significa literalmente Deus, porém só é encontrada duas vezes no Pentateuco (cinco livros) de Moisés. Já a palavra Elohim, que significa deuses, ou mesmo deus (com “d” minúsculo) é encontrada 2.000 vezes em toda a Bíblia. Os tradutores da Bíblia muitas vezes se confundiram na interpretação correta destes termos; em Gn 32:1-1 temos um exemplo bastante claro desta confusão, vejamos: “Jacó (que mais tarde passou a chamar-se Israel) também prosseguiu o caminho que encetara, e saíram-lhe ao encontro uns anjos (mensageiros) de Deus. Ele, tendo-os visto, disse: ‘Estes são os acampamentos de Deus’; e deu àquele lugar o nome de Manaim, isto é, acampamentos”.
O mesmo Jacó, certa vez, confundiu um daqueles anjos (mensageiros de deus), ou filhos de Deus, conforme outros tradutores, com o próprio Deus (?). Porém, o mais provável, como o texto original traz a palavra grega Elohim, é que a confusão tenha sido provocada pelos tradutores da Bíblia que não puderam compreender o sentido daquilo que estavam traduzindo. Vejamos em Gn. 32:22-32 que Jacó, ao anoitecer, lutou com um varão até o dia clarear. Quando amanhecia, vendo que não conseguiria vencer Jacó, usou de um golpe desleal e “tocou a juntura de sua coxa e se deslocou a juntura de sua coxa”, deixando-a adormecida; provavelmente o varão de que trata o texto bíblico deslocou o nervo de sua coxa deixando-o com a perna imobilizada. E disse a Jacó: “Deixa-me ir, porque o dia já raiou”. E Jacó, reconhecendo sua diferença à luz do dia, ainda agarrado a ele, disse: “Não o deixarei ir, se não me abençoares”. E o varão perguntou-lhe: “Como se chama?”. E ele disse: “Jacó”. Respondeu-lhe o estranho: “Não se chamará mais Jacó, mas Israel; pois, se foste grande guerreiro contra Deus, imagine contra os homens”. E Jacó chamou àquele lugar Peniel, que significa a face de Deus. Interessante notar que Jacó, com o nome de Israel, tornou-se mais tarde o grande patriarca do povo hebreu, do qual também descende Jesus. E o nome Israel tem duas curiosidades a saber:
- O sufixo EL é comum nos nomes dos anjos (mensageiros de Deus) da Bíblia, como Gabriel, Rafael, Ismael, etc. O Livro de Enoch dá os nomes de alguns dos filhos de Deus que entraram às filhas dos homens: Tamiel, Ramuel, Danel, Azkeel, Asael, Ertael, Turel, etc.
- Israel, em hebraico, significa “aquele que luta com Deus”. Provavelmente a grafia correta é “deus” por se tratar da tradução da palavra Elohim... Ou será que Deus (Eloah) anda por aí lutando aos tapas, chutes e pontapés com Suas próprias criaturas, ocultando-lhes Sua face na escuridão da noite e perguntando-lhes “qual o seu nome”? Será que Deus não sabe o nome de Suas criaturas?
Um grande sábio e estudioso cristão, perguntado “por que razão a palavra das profecias parece invariavelmente dirigida ao povo de Israel”, respondeu: “Em todos os textos das profecias, Israel deve ser considerada como o símbolo de toda a humanidade terrestre, sob a égide sacrossanta do Cristo.” E, perguntamos nós, por que Jesus, tão sábio, tão virtuoso, um pacificador por excelência que deixou uma  doutrina extremamente bela, que ensinou-nos a amarmo-nos uns aos outros como nos amamos a nós próprios e a fazer aos outros apenas o que gostaríamos que os outros nos fizessem, escolheu um povo guerreiro que tinha como “deus” o “Senhor dos Exércitos” que não hesitava em matar (contrariando o seu próprio 5º mandamento) quando seus interesses eram contrariados? Por que o Meigo Rabi preferiu encarnar na descendência de um povo que tinha como lema o “dente por dente, olho por olho”, se sua mensagem era o “perdoar setenta vezes sete vezes”? Em resposta a esta pergunta, ouçamos o próprio Mestre afirmar que “são os enfermos que necessitam de médico, e não os sãos”; também o sábio cristão acima referido responde a estas perguntas, afirmando que “esse povo notável (os Hebreus) no seu passado longínquo teve sempre muita certeza na existência de Deus, embora muito grande também era o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida”.
Mas o leitor deve estar se perguntando se Jacó era tão estúpido a ponto de confundir Deus com um homem. Não, Jacó não era estúpido; na verdade ele confundiu “deus” com um homem. E ele não foi o único a confundir os “Elohim” com Deus: Já seu avô, Abrahão, havia feito a mesma confusão. Em Gn. 18:1-16, que na tradução de João Ferreira de Almeida tem o subtítulo “Deus e dois anjos aparecem a Abrahão”, lemos: “Depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, na hora mais quente do dia. E levantou os seus olhos, e olhou, e eis três varões estavam em pé junto a ele. E vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se com o rosto ao chão, e disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça nos seus olhos, rogo-te que não passes adiante de teu servo. Traga-se agora uma pouca de água e lavai os vossos pés, e recostai-vos debaixo desta árvore; e trarei um bocado de pão, para que esforceis o vosso coração; depois passareis adiante, porquanto por isso chegastes até vosso servo. E disseram (Deus e os anjos): “Assim faze como tens dito”. E Abrahão apressou-se em ir ter com Sara à tenda, e disse-lhe : Amassa depressa três medidas de flor de farinha, e faze bolos. E correu Abrahão às vacas, e tomou uma vitela tenra e boa, e deu-a ao moço, que se apressou em prepará-la. E tomou manteiga, e leite, e a vitela que tinha preparado, e pôs tudo diante deles, e ele estava em pé junto a eles debaixo da árvore; e comeram”.
Será que Deus anda mesmo por aí dando murros e ferindo os nervos das coxas de Suas criaturas para vencê-las numa briga de rua, e comendo carne para se sentir mais forte, juntamente com seus anjos, nas casas de Seus servos? Daqueles três varões que chegaram à tenda de Abrahão somente dois desceram à Sodoma e foram à casa de Lot, e toda a cidade cercou a casa a fim de molestá-los sexualmente. Um deles, provavelmente o chefe (“deus”), ficou com Abrahão e disse-lhe que, embora sendo de idade avançada e Sara estéril, lhe daria um filho. E porque Sara riu-se ao ouvir isto, o filho que lhe nasceu chamou-se Isaac, que significa “riso”.

[Nota de HS: basta ler os livros de Sitchin para entender estas passagens em detalhes e saber quem foram os "deuses" - e não se trata de interpretações de Sitchin, mas de traduções das tabuletas].
Além destas passagens que citamos, inúmeras outras existem em que o próprio Deus, ou deus, aparece a Moisés e lhe ordena o extermínio de milhares de criaturas tidas como inimigas (de Deus?) ou infiéis, ou seja, que adoravam a outros Deuses (existem outros Deuses?), contrariando o versículo 18 do Capítulo 1 do Evangelho Segundo João, que diz: “Ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é que O revelou”; e, também, o 5º mandamento que diz: “Não matar”.
Assim como é perfeitamente compreensível que ninguém jamais viu Deus (o próprio Jesus o confirma), também é perfeitamente compreensível que a Bíblia não é (e nem poderia ser) a Palavra de Deus; nós sim, suas criaturas (seres vivos) é que somos produtos do Verbo (Palavra) que é a Manifestação Criadora da Vontade do Pai. Mas, se fosse a Bíblia a Palavra de Deus, seria o caso de se perguntar quantas palavras teria Deus; pois em Mateus 8:28-35 e Marcos 5:1-20, na narração do episódio “O endemoninhado de Gerasa”, o primeiro evangelista afirma terem sido dois e o segundo um. Em Lucas 18:35-43 e Mateus 20:29-34, na narração do episódio “A cura de Bartimeu”, o primeiro evangelista afirma que Jesus curou apenas um cego e o segundo evangelista afirma que Jesus curou dois cegos. Também no Antigo Testamento inúmeras são as contradições (de Deus?) que poderíamos citar; fiquemos com apenas uma como exemplo: O profeta Samuel, em seu Primeiro Livro, afirma que o Rei Saul foi assassinado por um soldado do exército inimigo, enquanto que outro profeta afirma que o mesmo Rei Saul se suicidou... Saul foi um personagem muito importante na história do povo hebreu, esta contradição é muito estranha até mesmo sob o ponto de vista histórico, quanto mais se considerarmos a Bíblia como sendo a Palavra de Deus...
Não vamos transcrever todos os textos que trazem incoerências (mesmo porque são muitos) para não nos alongarmos demais, mas existem inúmeras outras contradições (de Deus?) com referência a nomes de lugares, de quantidade de pessoas e de tempo (contagem de dias, meses e anos) entre autores do Novo e também do Antigo Testamento, o que nos leva a crer que são livros escritos por homens (e mulheres), uns mais e outros menos inspirados, cujas memórias às vezes falham principalmente na descrição das formas dos acontecimentos, mas que, em relação ao fundo (à moral da história) sempre nos é possível extrair boas lições dos fatos narrados.
Além disto tudo, os nossos irmãos bíblicos (evangélicos?) que afirmam fanaticamente ser a Bíblia a Palavra de Deus, não se dão conta de que, com esta atitude pouco racional, incorrem na mesma questão de adoração de que tanto acusam os irmãos católico-romanos, pois enquanto estes adoram objetos e imagens materiais os outros adoram folhas de papel e garatujas de tinta que passaram por incontáveis traduções (umas mais, outras menos fiéis), cujos textos originais já não mais existem, e que serviram, no transcorrer dos séculos e dos milênios, aos interesses muitas vezes inconfessáveis de pessoas que se acreditavam missionárias e que mais não pretendiam do que seduzir e converter corações incautos aos seus modos orgulhosos de pensamento e de crença. Pensem bem: se hoje em dia, com globalização e dezenas de traduções desses textos antigos (umas diferentes das outras), existem grupos e seitas que manipulam as palavras da Bíblia segundo os seus próprios interesses, imaginem no passado, quando estas adulterações não eram tão difíceis e arriscadas quanto hoje.
Para finalizarmos, consultemos novamente o Evangelho de Jesus Cristo Segundo João, Capítulo 1, versículo 17, onde o evangelista deixa bem clara esta questão de ser ou não a Bíblia a Palavra de Deus, dizendo: “Porque a Lei foi dada por Moisés, mas a Graça e a Verdade vieram por Jesus-Cristo”. Portanto, a Lei (Antigo Testamento) não foi dada por Deus, como querem alguns, mas por Moisés.
Citemos também, como ilustração, uma passagem bastante polêmica narrada pelos evangelistas Mateus e Marcos e ignorada pelos outros dois evangelistas Lucas e João. Em Mateus 27:46 e Marcos 15:34, lemos: “Eli, Eli, lama sabactâni?” -que, traduzido, significa:  “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”... Teria mesmo Jesus dito esta frase? Não estaria em desacordo com o espírito messiânico e missionário do Mestre? Afinal, as antigas profecias não se referiam ao modo como ele haveria de ser sacrificado?... E o próprio Jesus não teria dito aos seus discípulos, alguns dias antes dessa ocorrência, que importava que o Filho do Homem fosse preso, açoitado, cuspido e levantado do chão (crucificado)?
Analisemos mais pormenorizadamente esta questão. Sabemos que os três primeiros evangelhos, ou seja, os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, seguem de tal forma o mesmo plano e desenvolvimento que podem ser abarcados num só olhar (ópticos) de conjunto (sin), por isto são chamados de “evangelhos sinóticos”. Observa-se que Mateus foi o primeiro a publicar o seu, tendo Marcos resumido a seguir. Portanto, podemos concluir que Mateus incluiu este passo em suas narrações e Marcos o copiou literalmente a seguir. Curioso é que Lucas, cujo evangelho também pertence aos sinóticos mas que se serviu de outras fontes de informação para escrevê-lo, ignorou completamente este passo; e não é para se pensar que Lucas não o conhecesse, pois, enquanto Mateus escreveu o seu texto original entre os anos 54 e 62, e Marcos escreveu o seu entre os anos 62 e 66 resumindo o de Mateus (numa versão dirigida aos romanos), Lucas só veio a escrever a sua versão do Evangelho de Jesus entre os anos 66 e 70. Lembremo-nos, ademais, que segundo a história oficial Jesus foi morto no ano 33 de nossa era.
Mas, voltando à interpretação do passo narrado por Mateus e Marcos, acima descrito, perguntamos: “Teria mesmo Jesus se visto, na hora da morte, abandonado pelo Pai, segundo afirmam estes evangelistas?”. Não soam estranhas, contraditórias e incompreensíveis estas palavras na boca do homem-messias que entregou toda a sua vida à redenção da humanidade e que em algumas ocasiões afirmou: “Eu e meu Pai somos Um” e “O Pai está em mim e eu estou no Pai”? Como pôde, então ser abandonado pelo Pai (se ambos eram Um e tão unidos eram os dois) numa hora tão angustiosa, decisiva e determinante como aquela? Teólogos existem que duvidam que esta frase tenha saído da boca de Jesus, outros tentam remediar dizendo que talvez um dos dois ladrões (possivelmente Dimas, chamado “o bom ladrão”), que ladeavam Jesus no Calvário, tenha dito esta frase. O único dos evangelistas que estava presente neste momento da vida de Jesus foi João, que narra o seguinte: “Quando tomou Jesus o vinagre, disse: ‘Tudo está cumprido’ e inclinando a cabeça entregou o espírito” –Jo. 19:30. Lucas, que não havia conhecido Jesus fisicamente, mas que havia se informado de Sua mãe (que estava presente naquele faustoso momento) para escrever seu Evangelho, diz: “e dando um forte grito, disse: ‘Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito’ e, dito isto, expirou” –Lc. 23:46.
Outra passagem também muito discutida entre os teólogos exegetas, na qual os evangelistas também não se entendem e é de se duvidar que Jesus, o Meigo Rabi, tenha agido daquela forma, é a passagem da expulsão dos vendilhões do templo... mas tem também a passagem da ressurreição que cada um narra de um jeito e diferentemente do outro. Seriam estas passagens incoerências da Palavra de Deus, ou significam apenas que foram escritas por homens que utilizaram-se de métodos diferentes na forma para passarem uma mensagem semelhante no conteúdo?
O Apóstolo Pedro, ao se referir aos autores dos livros que compõem o Antigo Testamento, diz: “Homens que falaram da parte de Deus, e que foram movidos por algum espírito santo” (2 Pe. 1:21), e “O Espírito de Cristo, que estava neles, testificou” (1 Pe. 1:11). Também Estevão afirma, em At. 7:53, “Vós que recebestes a lei por ministério de anjos”, ou seja de bons espíritos, deixando claro o aspecto mediúnico “externo” (2 Pe 1:21 e At. 7:53) e “interno”, ou seja, o do “contato íntimo” com o Cristo na “essência” do Ser, em 1 Pe. 1:11.

Nota oportuna:
Considero uma falta de respeito para com seus fieis, o pastor, padre ou teólogo que não se preocupa em averiguar as contradições e no mínimo confessar que não sabe como explica-las, ou então, ter a coragem de buscar por explicações.
Pois todo aquele que pretender ser um BOM PASTOR,  terá que, um dia, reportar-se a DEUS porque obrigou seus fieis a absurdos, sendo que existiam e existem estudos sérios o suficiente disponíveis.
Por exemplo: a questão dos cabelos x apóstolo Paulo. Dei uma simples busca no Google e de cara achei um blog que explica em detalhes a questão.


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