sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

LER OU NÃO LER, EIS A QUESTÃO!




Talvez alguns leitores vão estranhar o título deste post e mais ainda os motivos que me levam a escrevê-lo.

Constato, sempre de novo, que o pior mal neste Planeta gera-se em função do que cada um considera certo para o outro, baseando-se em si próprio, no que leu ou ouviu, seja em palestras, vídeos ou de pessoas e adotou como certo para sua vida, após checar algumas ou muitas comprovações. Isso também vale para países, ao buscarem impor seu modo de vida.

Eu comprovei, que cada teoria, por mais absurda que seja, atrai suas devidas comprovações para nos convencer de sua veracidade e por um motivo muito simples: porque atraímos aquilo no que acreditamos e então as provas cimentam nossa fé nascida de leituras, de teorias, e similares. 



Ou seja, a física quântica já comprovou tal sincronicidade. Aliás, num dos artigos postados eu comento algo que poucos constataram de forma tão clara: o fato de você atrair comprovações para sua crença, não significa que ela é certa e muito menos a certa, a não ser para ti naquele momento, pois qualquer que seja sua fé, da mais elementar a mais complexa, você vai atrair, pela lei magnética da ressonância, fatos que comprovem sua fé! 

Portanto, atraímos tanto eventos que se relacionam a desejos humanos, quanto divinos e isso, por si só, não é prova que aquilo é o melhor ou o certo para  nós no sentido absoluto, mas apenas relativo ao que cremos e escolhemos naquele momento de nossa vida! E nem isso é prova de que tal escolha teria sido a melhor opção dentre as possíveis! Fala-se hoje de linhas de tempo diferentes que podemos escolher diante de determinados momentos em nossa vida - não creio que temos sempre muitas opções, mas algumas vezes acredito que sim. Existem filmes bons a respeito - muito bons por sinal, cujos nomes não me ocorrem agora. Enfim, o tema é complexo e aqui apenas uma versão hiper condensada.

Sendo assim, devemos começar a ser mais humildes quando achamos que sabemos o que é o melhor para o outro; posso sim dizer: isso foi o melhor para mim, talvez também o seja para você. Mas verdadeiramente posso saber o que é melhor para o outro quando este me pergunta e eu, sem querer impor a ele meu estado de consciência, intuo o que, naquele momento, poderia ser uma boa opção para ele justamente por estar aberto e não querer impor meu ponto de vista.
E isso vale inclusive para o tema deste artigo: ler ou não ler!

Ou seja, para algumas pessoas o ler é um sacrifício, para outras uma necessidade, para um terceiro grupo algo eventual.
Eu leio por que livros sempre me inspiram! Não leio para coletar conhecimentos, mas se alguém lê por tal motivo, então ok também. Livros sempre foram meus amigos mais íntimos. Sou grata por cada um deles! Sem os livros a humanidade estaria ainda na idade das trevas. Livros, no seu melhor sentido, são luzeiros, são verdadeiros guias, cada um de acordo com sua proposta – aqui refiro-me principalmente aos livros de caráter espiritual e em um modo bem amplo. Gosto de ler, por exemplo, sobre diferentes modos de cada povo, mestre e pessoa de ver e acessar o Divino em si!

Creio que  é um direito fundamental do ser humano poder fazer suas escolhas e aprender com elas – e isso inclui a liberdade de querer e gostar de ler por seus motivos, pois embora a leitura não traga a sabedoria final, a gnosis - que significa conhecimento de primeira mão - livros certos, ou certos livros, são como mãos carinhosas, e por vezes, caridosas, a te manter na rota pela busca deste conhecimento interior, ao te darem dicas chaves ou apenas por te manterem inspirados nesta busca, que implica em algumas chaves. Sem duvida, ter acesso a este manancial interior é o Alfa e Ômega e vale todos os esforços, pois implica na vitória do EU sobre o eu. E tudo que nos inspirar em tal jornada, vale, seja lá o que for! Inclusive livros.

De minha parte, posso aqui revelar algo que talvez muitos de vocês já vivenciaram: como sou bem sensível, nunca pude me dar ao luxo de ler livros de baixa qualidade ou assistir filmes violentos ou algo assim, entre outros, porém, no lado positivo, tal sensibilidade me confere experiências profundas de contato com minha Fonte Interior quando leio livros de autores maduros espiritualmente e mestres nestas área! Ler um livro de qualidade espiritual equivale para mim a ter aquele mestre do meu lado, tão forte sinto os efeitos. Assim como alguns silenciam meditando, orando, e outros meios, eu também silencio lendo. De repente tudo para – e daí, claro, as vezes tenho que parar de ler e entro num estado de profundo silêncio meditativo.

Portanto, voltando ao princípio: existe um aspecto fundamental em qualquer ser que se diga de espiritual:
- É respeitar as necessidades do outro! E não achar que o que vale para si, vale para o outro automaticamente. Não somos robôs e cada um de nós necessita de diferentes alimentos para compor sua dieta espiritual!

Eu também já fui muito pretensiosa achando que o que era bom para mim, era para o outro e por isso fiz o contrário, digo: não entendia porque algumas pessoas não gostavam de ler e achava que elas estavam perdendo algo maravilhoso! Mas, justamente por ter sido tão duramente criticada na minha vida, por diferentes pessoas, em diferentes épocas por gostar de ler (pode?), eu percebi que no fundo criticava os que não gostavam de ler – achava aquilo uma falta de interesse espiritual, entre outros.
E se eu for usar o lado lógico, devo concluir que o ler faz parte do amadurecimento mental do ser humano - seria impossível ele amadurecer sem ler e escrever. E claro, um dia, o ler terá cumprido sua função, como com tudo, mas isso não significa que pessoas que não gostam de ler, estejam mais perto de uma sintonia interior - o não gostar pode apenas ser parte de seu ego - uma faceta humana.
Muitos mestres foram os maiores leitores antes de se tornarem Mestres libertos do eu humano - e continuaram depois, por suas razões. Outros mestres se iluminaram sem ter lido um livro ou poucos... nesta existência! Mas optaram por ler os livros que tratam do tema  de  como libertar o Espírito do jugo do eu, depois de Libertos; outros tiveram que usar de discípulos letrados para poderem passar sua mensagem de libertação, porque eram quase que ignorantes neste sentido. Portanto, há casos de todos os tipos e assim vemos que cada eu necessita de um fator diferente para se libertar de seu próprio eu humano! E o que representa um obstáculo para um, é uma ferramenta para outro! E quem somos nós para saber o que é de fato bom para o outro? Teríamos que ser Mestres! Pois estes sim, podem ver a alma e assim ver qual seria o caminho ou a ferramenta mais útil! 
Uma vez perguntei mentalmente a um mestre que considero liberto e que já não mais vivia, se ele podia ser meu mestre e, intuitivamente eu entendi sua resposta em minha mente, que não era ele - mas outro. E quando este Mestre ainda vivia e foi consultado por alguém que tinha tido uma iluminação espontânea e não sabia como lidar com ela, se ele o podia ajudar, ele disse que não e mostrou a foto do mestre que poderia - e ao vê-la este disse: Mas este velhinho sempre conversava comigo quando criança! A sorte é que esse Mestre inclusive ainda era vivo, embora isso não importa quanto ao fator ajuda, pois o corpo é apenas a vestimenta da 3D que permite que "vejamos" o outro com os olhos da 3D. 

Em tempo: um Mestre verdadeiro é aquele que nos ajuda a encontrar nosso Mestre Interior - nosso Atman, Buddha,  Cristo, nosso Reino dos Céus em nós e assim nos ajuda a nos libertar do jugo do eu humano, que com suas escolhas egocêntricas e pouco sábias, perpetua ou até aumenta os laços com o mundo e assim dificulta nossa libertação.
Sendo assim, enquanto não formos Mestres de fato, não estamos aptos a guiar ninguém de modo direto e certo, apenas podemos supor, melhor ainda intuir, ou então podemos ferir uma alma quando achamos que o que vale para ela vale para todos!

Por isso cada um deve saber de si. Usar o que achar e largar quando achar que não precisa mais. Vamos parar de querer fazer de tudo uma regra absoluta, ainda mais nesta Era em que convivem seres de consciências variadíssimas, com funções distintas, pois o fato de termos uma meta espiritual geral em comum, não contradiz que cada alma - de acordo sua bagagem de vida - cumpre e cumprirá uma função peculiar para a Grande Obra até... a consumação do que Deus pretende deste Universo e dos milhares de outros.

ESCREVER OU NÃO ESCREVER, EIS A OUTRA QUESTÃO!

Inclusive o fato de gostar de escrever, por incrível que pareça, também incomoda muitas pessoas – quando é absolutamente natural que cada um tenha seu modo de se expressar, de querer ajudar, e meu é este. Nenhum modo é perfeito, pois cada um está no seu estágio de desenvolvimento espiritual, e assim cada um vai interpretar seja um texto ou a vida de modo geral, de acordo com este estágio e isso ninguém vai poder mudar isso – até cada um de nós se libertar do eu humano de modo completo – pois ele colore tudo com suas tintas – mesmo que eu escreva preto e branco, cada um vai tingir o conteúdo com suas tintas pessoais. Isso vale para qualquer autor e leitor. Vejam a Bíblia e demais livros ditos de sagrados, como são interpretados! Portanto até que tenhamos atingido um contato razoável com nossa Fonte Interior, a única diferença entre nós, é quanto ao tipo de cores e vocabulário que usamos para interpretar a vida em geral, seja escrevendo ou não. E a única diferença positiva real que constato existir, é quando aprendemos a ajudar sem impor, pois isto significa que o eu humano já está se submetendo ao Eu Divino - a D.EU.S em nós! Pois alguém liberto do jugo do eu jamais impõe, mas propõe e somente quando questionado! E alguém centrado no ego vai querer impor, seja de modo sutil ou grosseiro, seu ponto de vista, seja este superior ou inferior a ti, fato é que via de regra, não serve para ti, mas somente para ele!

Estou aprendendo que a melhor ajuda que podemos dar a alguém de modo pessoal e direto, é acolhê-lo do jeito como ele é em nosso coração! Daí sim, qualquer dia destes, quando se apresentar o momento certo – não escolhido por você – vai fluir uma oportunidade de você dizer algo a esta pessoa, que sentiu inconscientemente que você a tinha antes acolhido do jeito como ela é, e assim vai lhe permitir dizer algo a ela, que daí sim, por todos estes fatores, poderá ser algo de valor real para ela!

Ou seja: ninguém que queira de fato ajudar alguém, poderá fazê-lo de modo íntegro, sem antes ter aceito tal pessoa plenamente do jeito como ela é hoje.

Essa forma de missionar que o ocidental herdou e que é parte de nossas células é algo terrível – causa estragos na alma alheia, mesmo quando achamos que o que temos a missionar é algo maravilhoso (e isso todos acham!). Algo só é maravilhoso quando vem de encontro ao que necessito para aquele momento de minha vida. E quem já sabe o que seja tal? E este maravilhoso pode ser algo banal para ti, mas vital para a pessoa. E este “banal” é então, naquele momento, o melhor alimento espiritual para aquela pessoa. Ele pode não ser um ponto final, mas uma vírgula importante! Ou uma frase chave no Livro da Vida dela!

Para mim escrever também é fundamental para processar meu conhecimento e minhas experiências – é um ato mágico, porque se não escrevo aquilo não é processado. Muitas pessoas processam as coisas mentalmente, outras via emoções, outras via ações diretas, eu processo escrevendo, é deste modo que eu me ajudo e, de quebra, posso ajudar ou inspirar outras pessoas via meus escritos. 

Além disso, considero o escrever um meio termo poderoso, porque posso rever, atualizar, posso grifar, negritar, e pelo fato do texto não ser dirigido a uma pessoa e sim a muitas, cada uma vai tirar daquele artigo ou livro, o que lhe servir para aquele momento! É um serviço de conhecimento a la self service, impessoal – a única coisa pessoal que faço, e que é normal e anormal seria não fazer, é avisar que postei um novo artigo – mas jamais espero por isso que todos leiam todos os artigos – sei que um título vai chamar sua atenção, outro não e isso tem suas razões. Alguns talvez não lerão nenhum e isso também está bem.

Por último, escrevo porque gosto, e porque percebi que gosto, sobretudo, de colocar em palavras simples, temas complexos na medida que eles ficarem claros para mim, sendo que o próprio ato de escrever é parte do clarear! Assim, percebi que o escrever é um ato pedagógico para mim, ou seja: ao invés de ser uma professora em sala de aula, sinto-me um pouco professora escrevendo e preciso extravasar isso, senão iria implodir! Assim como outros precisam fazer algo concreto, outros pintar, outros liderar, outros cozinhar, eu preciso ler e escrever! E assim como ninguém de vocês pede permissão para ser o que é e como é, seria gentil respeitar os outros também de ser o que são no momento em que cruzam sua vida. Talvez amanhã serão diferentes, mas a quem importa isso? Temos que parar urgentemente de achar que somos os salvadores dos outros no sentido de querermos a todo custo que eles tenham nossa visão de vida!

Existe um conceito que não sei se é oriental ou new age, mas que bate muito com o que eu deduzi da vida:
- Deus realmente vive todas as facetas do complexo Diamante que Ele pretende VIR A SER, através das diferentes formas de ser e viver de cada ser humano e das inúmeras e complexas gamas de seres existentes no cosmos, que ELE criou, direta ou indiretamente, com este e outros propósitos, dos quais jamais teremos noção alguma!

Se Ele realmente quisesse que todos fossemos iguais neste âmbito, Ele teria projetado robôs e não criado seres humanos com direito a livre escolha, mesmo que esta livre escolha, sob o ponto de vista cósmico, seja fruto de um caos ou de uma dita queda, algo também altamente controvertido, visto que depende de qual ótica se olha esta questão – os orientais a veem sob uma perspectiva totalmente diferente dos ocidentais e penso que há outras versões ainda. Eu desisti de achar a versão certa, pois percebi que isso não existe! Simplesmente não existe! Isso seria dizer que a visão de uma criança é errada, ou de um jovem, ou de um ser maduro, se comparado com a visão de um adulto. Isso seria dizer que o primário é algo inferior ao universitário quando TODOS SÃO FASES E ETAPAS. 

Eu caí fora do sistema dualístico e fatal de olhar a vida e o universo e Deus. Concluí, pelas dores que o sistema de visão dual infligiu a minha alma, que TUDO AMADURECE, ad infinitum – mesmo nos Mundos Perfeitos, Estáticos há movimento, de outra ordem, com outras leis, mas nada é estático de fato, se não não haveria VIDA.
Claro que há momentos na vida, em que percebemos que uma pessoa poderia estar madura para fazer o segundo grau, por exemplo, e está patinando, e vamos dar uma mão, ou quando vemos alguém afundando. Portanto, claro que é preciso ter discernimento e saber quando uma ajuda efetiva e incisiva é vital. O acima exposto não implica em se abster do senso crítico, mas isto é muito diferente do ato de criticar a vida do outro! E é disto que tratou o tema deste artigo. E a crítica pode ser sutil e nos convencer que só queremos ajudar. Mentira! No fundo a pessoa nos incomoda, seja porque nos obriga a refletir sobre algo, ou apenas porque enfim somos pessoas do tipo dominadores que não admitem que o outro se desenvolva do seu jeito e no seu tempo.
E eu posso falar de carteirinha, porque passei por todas estas etapas e apesar de ainda cometer meus erros, busco acertar e continuo aprendendo.

Grata pela atenção e, sobretudo, pela consideração.



Um comentário:

  1. Helena querida... muito bom !!! Adorei. Vejo que você tem o dom, e é exatamente isto que o mundo precisa, pessoas que se entregam às outras, cada um do seu jeito. O seu será trazendo estas maravilhas pra nós.

    Um beijo no coração. Fique na LUZ !!!

    Gerson

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