terça-feira, 6 de março de 2018

DIALOGO ENTRE A MENTE CONCRETA E ABSTRATA!

OU ENTRE A MENTE RACIONAL E INTUITIVA!
OU: MANUAL PARA UMA MENTE MASCULINA
APRENDER A SOLTAR, CONFIAR...


Segue um diálogo imaginário entre um buscador
e a autora deste blogue que já fez algumas jornadas
exteriores e interiores.
E suponhamos que  este buscador seja alguém do sexo masculino,
ou uma mulher com a mente muito racional.
O que hoje é mais normal do que imaginamos,
pois a mulher, ao buscar por sua independência,
buscou se igualar ao homem, incluso quanto a valorizar o pensar
 ao invés de desenvolver seus potenciais femininos, criativos, 
usando sim, do poder do pensamento, mas em outros níveis.
Mas... isso foi apenas óbvio, afinal, no mundo regido pelo masculino,
o jeito foi se infiltrar nesse mundo.
Agora sim, muitas estão retornando ao seu centro feminino,
de forma consciente, e buscando valorizar suas qualidades femininas.
Mas o abaixo exposto extrapola a mera divisão em cérebros...
embora inclua ambos.


M - Mas como assim devo entregar meu poder de pensar à Luz, ao Espírito Santo, a Cristo, a Presença? Não entendo, acho isso uma fraqueza, uma falta de poder, uma falta de vontade... acho isso medieval, entende? Voltar a ter apenas fé? Isso é loucura...
(Subentende-se que a Mente concreta aqui leu o artigo anterior e talvez outros similares).

I - Entendo, claro! Afinal as mulheres hoje também desenvolveram o corpo mental, nem todas, claro, mas muitas, e começaram a pensar por si, a tomar atitudes, a ter opiniões, a impor seus valores e ideias e tudo isso está ok para o mundo - para funcionar no dia-a-dia e esse foi o propósito: desenvolver a capacidade de pensar, refletir, concluir, pois isso amadurece o corpo mental, ou a mente. Mas a mente tem um componente superior...

M - Como assim, interrompeu M! Então temos duas mentes?? Isso é confuso.

I - Não é bem duas mentes, dois aspectos dela talvez soe melhor. O aspecto superior, por alguns chamado de Eu Superior, Mente Abstrata, Alma tocada pelo Espírito, enfim, os termos divergem entre as diversas filosofias, sejam orientais ou ocidentais! Digamos assim: quando algo atinge a maturidade, aquilo deve ser transcendido. A mente racional deve ser transcendida para a mente abstrata ou superior.

M - Tá, digamos que eu entenda isso sem entender... me entende? (Sim, responde a Intuição). Por que a mente racional é chamada de inferior?

I - Excelente pergunta! Porque ela é formada por conceitos parciais, seja sobre a vida, política, planeta, religiões, etc. Ou seja: a mente racional é mais como um arquivo (morto) onde se despejam todas as crenças (sejam herdadas - e nunca questionadas!!! ou adquiridas em vida por conta) e aqui me refiro a crenças de ordem social, política, religiosa, cósmica, etc. Tudo que é lido, tudo que achamos (os achismos são sem fim), enfim... tudo que adquirimos de fora para dentro, sem considerar as fontes de tais conhecimentos...

M - Ok, como assim, fontes?

I - As fontes podem ser seu meio social no qual cresceu onde se crê em X e Y em relação a vários campos da vida, como relações humanas, políticas, religiosas, etc. Podem ser suas leituras ou suas pesquisas junto a pessoas que considera superiores, enfim... a fonte pode ser suas conclusões sobre cada tema.

M - Acho que me perdi. Vamos retomar: as fontes citadas compõem meu mental racional, é isso?

I - Exato. Seu arquivo morto de certo modo, pois você nem percebe que vai adquirindo informações e arquivando, a maioria sem questionar, principalmente, se, na sua opinião a fonte for de confiança!

M - Tá, mas o que tem de errado nisso?

I - No começo nada - assim como até a puberdade não é errado questionar tudo e mesmo depois, para formar suas opiniões, independente dos pais e parentes (mas os amigos aqui são o ponto fraco na adolescência - a maioria vai com a maioria e a maioria não sabe para onde está indo - o que é normal para a idade). Mas mais tarde sim isso é negativo. Seria como você comprar mil bugigangas e ir guardando num quarto (mente), separando os mesmos mais ou menos... e eles viram pó... ou apenas são objetos sem muito uso, porque quando a gente não ultrapassa a mente racional, ela se torna só isso: arquivo morto de ideias que nunca são questionadas, selecionadas, filtradas por algo... superior a elas! 

M - Entendi racionalmente (e sorriu, parecendo que já estava começando a entender)... mas o que seria superior a meu arquivo morto cheio de ideias empoeiradas? (e sorri novamente, porque já tá até fazendo gracejos com seu mental - outro sinal de abertura!).

I - Boa pergunta. Falar que existe uma mente superior não diz mesmo nada e por isso muitos apenas tagarelam termos como esses e outros sem nunca terem refletido se sabem o que isso significa, e acredite, se usasse seu próprio racional para questionar algumas ideias, sem querer na hora responder com o racional (aqui está uma chave chave), então você iria atrair uma resposta superior ao seu arsenal de informações "mortas", cheias de pó, que estão, além disso, todas isoladas - você nunca fez uma relação entre um tema e outro - típico do mental racional: apenas valorizar partes e não o conjunto, que tanto poderia gerar uma ideia madura e superior a respeito de algo, como um pequeno monstrinho sem pé e sem cabeça se o racional forçar ver o conjunto sem buscar por uma informação superior que possa unir todos de algum modo, ou não, talvez sejam informações equivocadas.

M - Ok. Veja se entendi: devo questionar algumas coisas, mas sem querer logo responder via meus conhecimentos arquivados - esperar, talvez deixar a pergunta fermentar... (wow, diz a Intuição e bate palmas). E de onde virá então a informação superior ou que vai poder jogar luz sobre meu arquivo morto cheio de teias de aranha e com a lâmpada do quarto, claro, queimada típico de cena de filme?

I - (Rindo) - Agora você está me saindo um aluno excelente! Sim, ela até pode sair, pasme, de sua mente superior, de sua área intuitiva, criativa, aquela do lado direito, pouco usada neste mundo movido pela energia masculina da lógica, da dedução, da pesquisa analítica. Mas poderia vir de um livro ao acaso, de um filme, de uma pessoa, de qualquer coisa... 

M - Ah! Mas tão simples? 

I - Aha! Exatamente a pergunta mais óbvia da mente racional: tão simples? Não pode ser. Tem que ser complexo!!! Calma... você ainda vai saber o que é realmente complexidade visto pelo prisma da mente superior ou da intuição...

M - E o que é? interrompeu o Mental doidinho achando que vai colher um dado extraordinário. E vai!

I - Ok. Vamos lá: até aqui é possível explicar racionalmente algo que escapa ao racional! Quando você faz uma pergunta sobre algo e não busca responder com o mental racional comum, você se abre... isso é um ato que muitos chamam de "feminino", pois significa "confiar que algo vai trazer o que você precisa" e significa confiar também quanto ao esperar... não ficar impaciente, como o mental fica, querendo logo entender tudo, saber quem vai trazer a informação preciosa, que horas, etc. (Por isso uma mulher pode esperar nove meses um filho nascer - isso exige fé, mesmo que com sofrimento, caso ela seja mulher mais ativa, menos receptiva).
Pois bem, este dado que será trazido de uma fonte superior, seja via intuição, livro, pessoa (que simboliza essa fonte superior no caso), vai te dar um lampejo de como alguns elementos que você tem no seu arquivo morto se inter-relacionam e se completam, embora de forma ainda desajeitada! 
E aqui começa a complexidade:

- Como as nossas informações coletadas por fontes de vários gêneros, incluso de quem julgávamos de confiança como via pais, padres, pastores, mestres, livros considerados de alta categoria, etc. nem sempre são informações de qualidade e não se espante,  porque salvo exceções, a maioria das pessoas tem uma mente e um arquivo morto racional bastante elementar, diria Watson! tipo, o que todos tem, com algumas pitadas a mais... nada mais e, sendo assim, aquele dado que você recebeu não vai fazer milagres de cara com seus dados duvidosos.
Ele até pode formar um quadro um tanto confuso ao invés de clarear... e daí você terá que ter humildade e sinceridade para concluir que precisa renovar suas fontes básicas de conhecimentos, para ter um arquivo "vivo", formado por conclusões menos batidas, ou vivificadas em linguagem atualizada.

M - Xiii... mas isso está ficando complicado...

I - Exato. A mente racional acha complicado tudo que não pode entender de cara - essa é sua grande fraqueza: ela quer ler algo e entender o XYZ da vida... como se fosse simples assim! 
Por isso você tem duas opções: ou você atualiza seus conhecimentos ou então você nunca vai amadurecer teu mental racional para se tornar adulto e poder entregar este fruto para o mental superior usar com sua sabedoria, lembrando que estou me referindo a mentes racionais, que querem saber tudo, não a almas mais devotas, confiantes.

M - Ok, digamos que eu concorde em atualizar, como vou saber de onde tirar conhecimentos de melhor qualidade ainda que racionais? Viu como entendi? (diz orgulhoso).

I - Excelente pergunta! Aqui precisa, novamente praticar a confiança, só que agora num nível a mais, ou seja: você vai pedir a teu mental superior que lhe mostre uma fonte ou mais que podem lhe ajudar a galgar uma etapa superior em sua caminhada sobre entender melhor alguns conceitos de vida. E esperar confiante. Você só tem que pedir sinceramente. Não precisa orar, nem meditar, nem praguejar. Apenas queira de todo o coração isso e aguarde. Quando achar a fonte, seja via uma pessoa, livro, grupo, você vai saber que é ela.

M - Simples assim? (E começou a rir, porque foi automática a pergunta).

I - Simples assim, responde rindo!

M - E depois? 

I - Claro, a mente racional sempre quer se antecipar. E depois? E se não? E se sim? Ora, e depois você repete esta etapa uma, dez ou cem vezes,  até sentir que chegou no ponto que pode entregar todos estes conhecimentos incríveis, com os quais a mente vai se empanturrar... pois, só com muita sorte você vai se deparar com um conhecimento que vai lhe dar a chave final, melhor: você terá que já estar muito maduro para receber de cara uma fonte que vai lhe dar a etapa final, que será entregar tudo isso que foi adquirido via mental racional... ao mental superior. 

M - Nossa... que loucura... tem certeza?

I - Absoluta. Falo do que sei e vivi e vivo. Recapitulando em outras palavras: você vai entregar tudo isso ao seu mental superior, a seu Espírito Divino, a Jesus, o Cristo, a Buddha, a quem quiser que represente para você algo acima da mente racional - de preferência entregue a teu Espírito Divino, pois a estas alturas já saberá que ele existe e que ele é teu aspecto superior, ainda acima da mente superior, enfim... há muitas camadas superiores em nós e cada uma quer ser integrada, quer ser vivenciada, quer ser usada... não pelo ego, mas justamente entregando o ego ou o mental racional, mesmo quando ele já acessa o mental superior... isso é possível, mas é uma etapa preliminar para acessar e entregar toda sua riqueza ao Pai.

M - (Silencioso!).

I - Veja, na época de Jesus, como as pessoas não acumulavam pensamentos, reflexões, nem pensavam por si só, o apego maior residia na matéria, em bens, família, e sim, crenças equivocadas que sempre existiram, porque no meio de todas as religiões houve sempre uma parcela que bancou o poderoso, o único intermediário entre Deus e você... até hoje e a maioria cai feito patinho - claro, há alguns Intermediários que são desapegados de sua função e não querem ver você dependente deles, querem que você seja capaz de "falar direto com o Pai", como Jesus propôs e todos mestres verdadeiros propõem - eles não querem contabilizar discípulos, eles querem libertar almas do jugo de crenças e ideais equivocados, os quais os mantem presos no mental racional hoje, e no passado na fé cega! Não sei qual é pior. 
Então, por isso Jesus disse que "Nenhum rico iria para o Reino de Deus"... etc. porque a riqueza gera apego e o apego gera peso... a alma fica presa da matéria, do mundo. Hoje ficamos presos em filosofias, no mental cheio de informações incríveis e o nosso peso é mental, não é mais tanto material - claro, há ainda pessoas suficientemente apegadas a seus bens, famílias, carreira, etc. 

M - Entendi... nossa, você me abriu a mente... (rindo) literal-mente!!! (Rindo mais). Mas me diga, digo, explica melhor essa coisa de apego!

I - (Sorrindo), claro. Veja, existem os que querem bancar os espiritualizados e dizem que se desapegaram de toda matéria, da família, e se tornam frios, sem calor humano - estes estão apegados ao lado errado da ideia do desapego, mas continuam apegados e não percebem a cilada do mental refinado que quer se espiritualizar!!!
O desapego tem que vir de dentro, ao a alma (você, no caso), entender, que nada do que o mundo oferece é garantia de felicidade - tudo passa... e não é a posse de algo que vai trazer paz e alegria e então ela começa a questionar o que realmente a torna feliz. E aos poucos, geralmente com sofrimentos, pois o desapego significa que tive que me decepcionar com pessoas, profissão, grupos espirituais parados no tempo ou equivocados, enfim... para entender que a Felicidade Real, a Alegria Real, vem apenas quando consigo comungar com o Pai em Mim, como Jesus pregou, ou com minha Presença... valem todos os conceitos até você achar aquele que faz sentido para ti.

Portanto, quando a alma entender que o mundo só oferece felicidade, alegria e prazeres passageiros, ela começa a usufruir de tudo com tranquilidade - ela não precisa mais viajar para ser feliz, mas ela viaja porque sabe que esta felicidade, embora passageira, tem seu valor em muitos sentidos. Ela curte a família com menos ansiedade, ela realiza seu trabalho de forma impecável mesmo sabendo que ele não é sua razão de viver  final - esta alma, este ser humano vai viver de forma mais leve, natural, sem ter expectativas exageradas - até poder entregar tudo totalmente (sempre por dentro) e atingir a libertação do mental racional... e das expectativas do ego de ter isso e aquilo, de só ser feliz se... enfim.

M - (Calado, sem saber o que perguntar).

I - Então, quando uma alma atinge o primeiro nível, de entender que tudo são "ilusões", mas sem drama -  ela está liberada da camada mais chave do ego - ela agora se torna uma servidora do Espírito do Pai, com muitos altos e baixos conforme o caso, mas não há mais volta! Ou seja lá o nome que cada um vai dar a esta etapa! E quando ela atingir a fase final,  então sim ela será um Vaso Vazio de eu, ou ego como diriam os Taoistas; ela será um Veículo Purificado como diriam os esoteristas; ela será uma Luz no Mundo, como diria Jesus, cujos veículos do pensar, sentir e agir, purificados pelo desapego podem agora refletir com pureza a Luz e o Amor do Pai ou do Espírito - e a alma em questão pode então exprimir o que Jesus disse:
- PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO MEU ESPÍRITO!
- PAI, SEJA FEITA TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA, COMO NO CÉU!

M - Mas... como chegar a isso? Digo, você falou, mas ouço falar de métodos tão variados, doidos, complexos... 

I - Boa pergunta! As dicas que dei acima são HOJE o suficientes, porque todos os métodos antigos, complexos, eram parte do fato que o corpo mental estava muito pouco formado - então os métodos implicavam em primeiro formatar minimamente este corpo, para só então poder entregá-lo. Esta etapa está concluída na maior parte e agora podemos pular diretamente para a ENTREGA e o máximo que o mental ainda terá que fazer é ler sobre a Entrega para se convencer... (rindo). SE este for seu caso, pode praticar a entrega assim para saber por onde começar:

- A cada manhã entregue o dia que está nascendo ao PAI em Ti ou a alguma figura, tendo o cuidado que se trata de um Ser totalmente Liberto do ego. Na dúvida use Jesus, o Cristo, se for Cristão! Ou Buddha, se tiver mais afinidade por ele, ou Tolle, ou Ramana, mas, se puder, entregue ao PAI EM TI, como Jesus ensinou e as pessoas insistem em interpretar apenas como o PAI TRANSCENDENTE, ao invés de IMANENTE. O importante não é orar longamente, nem de forma formal, mas da forma mais simples e sincera possível, como um Filho faria a um Pai, algo como: Pai, entrego este dia em Tuas Mãos - guia-me com Teu Amor e Sabedoria no pensar, sentir e agir... etc.

M - (Rindo). Sim, entendi. Mas o mental vai insistir até não poder mais, é isso?

I - Sim. E quanto mais rápido aprender que entregar é só isso, entregar e confiar, seja no Espírito Santo, no Pai, na Sua Presença, enfim... em algo superior a tua mente racional no sentido que seja algo que te eleve e te leve até você comungar com esta área superior em ti, coisa que todos os Libertos fizeram e por isso eles conhecem o caminho, conhecem as ciladas e podem dar dicas preciosas, mesmo que você apenas peça por ajuda mental a eles, digamos a Jesus, a Buddha, a Tolle, a Ramana, enfim... se você sentir necessidade de buscar ajuda externa faça, e fique atento, porque também esta muleta terá que ser largada. Muitos não entenderam a frase: Se encontrar Buda, mate-o. 

Ou seja: um dia terá que matar as autoridades externas "dentro de ti" para se tornar um ser capaz de comungar com o Pai, com o Divino por conta, seguindo o exemplo de um Jesus, Budda, etc. e não seguindo eles por toda vida de forma dependente. Mas isso não significa desprezar a ajuda, ou seu exemplo, ou o que for - pelo contrário: quem atingiu este nível é profundamente grato a todos os que o ajudaram a chegar ao ponto de ser capaz de comungar com o Pai nele!
Esta gratidão é a mais bela e plena que se pode sentir.

M - (Silencioso - meditativo - quase que iluminado... porque entendeu o que nunca antes tinha entendido e jamais tinha ponderado que o caminho espiritual é uma jornada que começa com o mental e termina com a entrega... mas tudo sem forçar, apenas não adormecer e ficar preso numa etapa intermediária achando que já chegou, como aqueles que sentem uma comunhão com o Pai e acham que já estão libertos do mental - isso são aperitivos, a cenoura na frente do burro para buscar tal Comunhão e êxtase sentidos, de forma plena, constante, eterna e poder dizer com Jesus:
EU E MEU PAI SOMOS "UM").

AUM
AMEM!

Notas finais: 

- O primeiro impulso foi usar os termos Mente e Intuição, para diferenciar a mente de forma mais enfática e acabei deixando para enfatizar bem a diferença entre ambas as mentes, embora a Intuição não seja racional, ou seja, ela não responde racionalmente como fiz, aliás, pelas minhas experiências, constatei três tipos: a) uma intuição que dá "pacotes de informações" que são entendidos instantaneamente pela mente, ou decodificadas aos poucos (tive algumas deste gênero); b) outro gênero é ter alguma ideia e saber de cara que é uma intuição; c) e tem um tipo que é muito especial: ela passa direto pela mente e você apenas age (eu expliquei tais dizendo que você não tem mais intuição, você se torna a intuição); destas tive poucas, e foram fruto de profunda comunhão com meu self, quando ele agia direto por mim... o curioso que este tipo só ocorria para ajudar algo ou alguém (e elas ocorreram no tempo que pratiquei assiduamente, toda noite e todas as manhãs, a pergunta: Quem sou eu? E estive profundamente conectada com Ramana Maharshi da linhagem Advaita).

- Ao buscar por uma imagem para ilustrar este artigo (geralmente faço isso no final), achei o artigo do link que segue no final, sobre a Mente Concreta e Abstrata, que resume de forma bela o acima exposto - agora sim, quem nunca leu sobre o tema, vai ler o mesmo em outras palavras e é assim que a gente vai amadurecendo e aprendendo a entregar a mente racional para uso da mente abstrata. (E ao buscar por um artigo explicando os cérebros, achei um que apesar de bem didático é muito claro e fiquei sabendo de algo que não sabia: que já foi descoberto um "quarto cérebro" - leiam e constatem - link no final também).

- Aos que estão mais maduros, a próxima etapa (da mencionada via diálogo) é constatar o que realmente é real em ti. Pelo Advaita apenas o Self Puro é real - Ramana Maharshi diria para ir direto ao assunto e se perguntar:
- Quem sou eu que tem tantas perguntas? (por exemplo, no caso acima).
Ou apenas: - Quem sou eu? 
O resultado do método dele culminará no UM - na UNIDADE, apenas com outros nomes. Enquanto isso a mente racional vai cumprindo com suas funções diárias, pois ela tem seu valor e seu papel, até desaparecer, porque no lugar dela teremos algo muito mais potente: a sabedoria divina atuando direta-mente, na mente ou via mente. Este caminho é chamado de Jnana-Yoga - União com Deus ou o Divino via conhecimento revelado diretamente (não por alguém), este nível de conhecimento também é chamado de gnose em grego e não tem nada de herético - apenas que os santos católicos (aqueles que atingiram a União com o Pai neles, atingiram este conhecimento, esta gnose via entrega, devoção, fé... chamado de Bhakti-Yoga na Índia).

- Lembrando que o caminho espiritual não é linear - geralmente a gente lida com várias frentes simultaneamente - assim, alguém pode estar assimilando a parte I, ou seja, da diferença entre mente concreta e abstrata e, ao mesmo tempo, começar a questionar este conceito via Advaita ou outro sistema que permita esta profundidade, enquanto ainda luta com emoções básicas, pois, o que fica claro com a maturidade espiritual, é que cada corpo está num nível, assim, enquanto uns tem um corpo emocional turbulento, outros tem uma mente turbulenta, e vice-versa e etc.

- A beleza do caminho da entrega proposta por Aivanhov com o Advento da Era do Pentecostes Cósmico (leia meus artigos anteriores a este), é que agora não precisamos mais trabalhar nos corpos  mental, emocional, nos chacras, nas memórias, fazendo purificações,  basta fazer uma entrega profunda que A LUZ FARÁ O SERVIÇO que antes levávamos vidas para fazer de baixo para cima - agora é de cima para baixo!!! EIS A GRAÇA DESTA ÉPOCA, deste momento, que se não aproveitado, será algo precioso que está sendo perdido. 

- Este caminho proposto por AIVANHOV podemos relacionar com a Bhakti-Yoga, ou de Unir-se a Deus ou ao Pai via Devoção, esse é o significado de Bhakti-Yoga. Pois este caminho NÃO implica em FAZER OU ENTENDER, mas APENAS EM ENTREGAR E CONFIAR e como dizia Ramana: quem segue Bhakti no final deságua em Jnana (conhecimento divino, gnose, sabedoria celestial, etc.) e quem pratica Jnana, deságua em Bhakti. Ou seja: quem pratica Jnana vai um dia constatar que a mente não é real - ela é como as nuvens, e vai descobrir o Espírito Divino nela, o Sol no caso, que sempre estava brilhando, obscurecido pela mente (pelas nuvens brancas, cinzas ou pretas) e isso vai gerar na Alma uma entrega imediata e profunda e o inverso vai gerar um conhecimento imediato ao a Alma entregar e confiar ao PAI NOSSA VIDA. No final ela vai entender tudo mas em um nível acima da mente! Diretamente... sem filtros do ego, que não existirá mais.

- E porque esse seria o caminho mais atual? Porque estamos vivendo a Era do Espírito Santo - vivemos a Era do Pai, via Abrãao, do Filho via Jesus e agora estamos na Era do Espírito Santo, ou da Mãe Divina! Pois o Espírito Santo é "livre e sopra onde quiser". O Espírito Santo está relacionado ao Ar, a Pomba, a Maria, a Sophia, a Aquarius... as águas do alto (etéreas, do ar)! Ao elemento feminino em seu sentido superior, integrado, íntegro. Ora, quer uma figura mais Consoladora que a Mãe? Jesus não disse que enviaria o Consolador? Além disso, a Mãe nunca exclui nada e ninguém e não segue uma "ordem linear", ela segue a "ordem do seu coração celeste" e por isso agora "os últimos poderão ser os primeiros" como explicou Aivanhov, porque quem agora conseguir fazer uma entrega profunda, vai realizar em semanas ou meses o que alguns levaram décadas ou mais! Vidas! 
Falando nele, vou finalizar com uma passagem do longo documento em PDF (cujo link repassei no artigo anterior), da página 124:

As únicas coisas que os retêm não vêm nem do passado nem dessa história nesse mundo, mas,
simplesmente, de seu posicionamento.

[Ou seja: nada de fato é motivo para me deixar de fora do banho de luz, nem carmas, nem medos, salvo se eu me focar neles, se me posicionar neles ou em outros elementos que tolhem a entrega para a Luz]


Ir ao sentido da Luz é ir para o Sagrado.
É sacrificar-se à Luz, para a Luz e na Luz.
O que se sacrifica nada mais é do que o efêmero que, justamente, dá-se conta desse efêmero e
que, em um último sopro, diz: 
“Pai, eu entrego meu Espírito entre Suas mãos para que, eu também, seja o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Desposando CRISTO em um Casamento Místico; desposando a Presença em vocês, assim como o
conjunto do Coletivo do UM, tanto nesse mundo como na Confederação Intergaláctica dos
Mundos Livres, quaisquer que sejam as circunstâncias, regozijem-se!
Permaneçam Centrados no Instante de sua Presença, aí, onde vocês sabem agora, por experiência, por pequenos toques sucessivos ou de maneira radical, tem-se a Verdade.
O que foi nomeado Fogo do Coração, Onda de Vida, Espírito Santo ou Shakti, tudo isso, agora, está Casado em vocês, o que lhes dá a prova dessa Transmutação, porque vocês são as testemunhas disso, onde isso se realiza.
Percebam-no.
Vejam-no.
Deixem o Amor ser o que vocês São.



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